DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E DE TALENTO
A importância da Diversidade em tempos de retoma económica
Se antes a Diversidade e a Inclusão poderiam ser encaradas, erraticamente, como uma moda ou um simples programa de RH, hoje assumem-se estrategicamente como uma mais valia para o encontrar de novas ideias e consequentemente melhores resultados financeiros.
Adriano Cabral Polónia • Consultor e Coach Organizacional e Doutorado em Leadership Studies
ADiversidade e a Inclusão tornaram-se, nos tempos que correm, ainda mais críticas para uma recuperação económica rápida. A Organização quer-se reinventada numa sociedade também ela já por si reimaginada. Estarão os líderes preparados?
Para algumas organizaçōes este último semestre foi devastador. Perdas significativas de clientes e de consequente faturação colocaram desafios enormes à gestão de topo das empresas. Os mercados alteraram os seus hábitos e a forma como se faziam as coisas também mudou. E não mudou somente para o curto prazo, mudou essencialmente para o futuro, que traz sobretudo diferentes exigências aos níveis da logística, da qualidade de serviço e do atendimento, da gestão financeira e claro está, da gestão dos recursos humanos.
Quer isto dizer que os vectores estratégicos que sustentavam a forma como as organizações se relacionavam com o mercado terão forçosamente de ser alterados. E, para isso, as organizações terão também de ser capazes de se reinventar internamente, de serem mais criativas e inovadoras e de estarem mais atentas ao talento existente. Por outras palavras, serem mais diversas e inclusivas aproveitando as capacidades de cada um. A tarefa não se antevê fácil.
A diversidade e a inclusão são hoje, mais do que nunca, pilares estratégicos para uma retoma rápida e para um maior aproveitamento dos recursos humanos existentes. Se antes a Diversidade e a Inclusão poderiam ser encaradas, erraticamente, como uma moda ou um simples programa de RH, hoje assumem-se estrategicamente como uma mais valia para o encontrar de novas ideias, de mais inovação, de maior satisfação dos colaboradores e consequentemente de melhores resultados financeiros.
É também cada vez mais evidente que as sociedades actuais valorizam a justiça e o equilíbrio social e que cada vez mais as pessoas ligam esses factores ao desempenho das organizações. Em alguns mercados mais dinâmicos e agressivos é já evidente uma correlação entre as escolhas dos consumidores e o desempenho organizacional sustentado em práticas diversas e inclusivas.
As organizaçōes não podem, portanto, continuar a ignorar que com pessoas diferentes se atingem mercados diferentes, assim como diferentes formas de atingir o mesmo mercado. Coloca-se assim um desafio à liderança das organizações, que passa pela existência de líderes devidamente treinados e preparados para gerir o enorme potencial que é uma organização diversa, com imenso talento e com métodos diferentes de se atingirem resultados.
SOBRE O AUTOR
Adriano Cabral Polónia, Phd
É formado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE e obteve o Mestrado em Comportamento Organizacional pelo ISPA. Fez o doutoramento em Leadership Studies na Universidade de San Diego. Aí colabora como coach e mentor, e ainda leciona cadeiras de Liderança e Comportamento Organizacional.
Foi posteriormente convidado a lançar e dirigir o Global Leadership Institute com o apoio da Universidade de Saint Katherine na California, onde também lecionou e chefiou o departamento de Gestão.
Ainda nos EUA, viveu de perto questões ligadas ao envolvimento e desenvolvimento educacional e profissional de minorias e a sua inclusão nas organizações tendo sido gestor de vários projetos ligados a Mulheres e Liderança, Raça e Género, Liderança para Jovens Hispânicos e Coaching Comunitário.
Já em Portugal, esteve desde sempre envolvido nas áreas de formação e consultoria organizacional. Em 2005 criou a Smart Leadership, a primeira empresa portuguesa de coaching, da qual é ainda CEO.
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