A digitalização industrial é, atualmente, um fator decisivo para a competitividade das empresas. O tratamento e a análise de dados em tempo real é, neste momento, o bem mais valioso para uma organização, pois permite tomar decisões fundamentadas, imediatas, com o foco principal numa boa sustentabilidade financeira.
Numa empresa que funcione apenas com sistemas de pré-digitalização, a fiabilidade dos dados é baixa e com elevados custos em recursos. Por outro lado, numa empresa que incorpore a digitalização, as ferramentas de recolha e tratamento de dados tornam-se inerentes aos próprios processos produtivos. Desta forma, a fiabilidade da informação aumenta consideravelmente, uma vez que é o próprio processo produtivo que a disponibiliza, eliminando a possibilidade de erro por interferência humana.
A digitalização é um processo complexo, devendo optar-se por uma abordagem gradual de modernização que incorpore a atualização tecnológica com a aquisição, paralela e imprescindível, de conhecimentos técnicos por parte das equipas. Por outro lado, nos últimos tempos o aumento dos custos de energia têm impactado fortemente as empresas de todos os setores de atividade. O setor da indústria, em particular, é dos setores com maior consumo energético e, por consequência, o que mais sofre com o constante aumento dos custos de energia. Por forma a equilibrar os custos energéticos, é necessária a implementação de medidas a curto e médio prazo com vista à adaptação dos seus equipamentos e processos a novas tecnologias atualmente existentes. Paralelamente, é necessário qualificar as equipas, principalmente as ligadas à manutenção, produção e logística, por forma a garantir a correta implementação das medidas de otimização energética.
A formação na área de Energia e Sistemas de Automação está a transformar-se no sentido de associar conhecimentos de automação e comunicações industriais ao conhecimento de otimização energética.