Na União Europeia, todos os anos perdem a vida cerca de 5500 pessoas em acidentes no local de trabalho, destes um terço está relacionado com acidentes de transporte[1]. Estima-se que as consequências destes acidentes custem anualmente, só no nosso país, cerca de 3 mil milhões de Euros. São números assustadores aos quais não podemos ficar indiferentes.
Hoje, mais do que nunca, assistimos a uma evolução na movimentação de cargas por processos mecanizados, onde o Empilhador é um dos mais versáteis meios de transporte interno. Contudo, a atuação de Operadores de Empilhadores sem as devidas qualificações e noções de segurança na condução e manuseamento destes veículos, acaba por produzir trabalho de menos qualidade que muitas vezes culmina em acidentes de trabalho. Então que caminho seguir?
Em primeiro lugar, sensibilizar os Operadores de Empilhadores para a necessidade de adoção de regras de segurança inerentes à condução e operação destes veículos, por forma a neutralizar ao máximo o risco de acidentes. Em segundo lugar, sensibilizar as empresas para que uma boa gestão dos seus recursos humanos, no sentido de uma melhoria da segurança no local de trabalho, seja uma prioridade. A atuação de Operadores de Empilhadores não qualificados representa um elemento de risco que as empresas não podem, nem devem correr. Além de quebras de produtividade, os custos decorrentes de má utilização de Empilhadores, ou outros meios mecânicos de movimentação de cargas, juntamente com o não cumprimento de normas de segurança exigidas, representam fatores de risco para a competitividade das empresas.
A formação de Operadores de Empilhadores assume atualmente um papel determinante no aumento de maior segurança e, por conseguinte, na diminuição do número de acidentes que se traduz no aumento da produtividade e na diminuição dos custos de manutenção. É nesse entendimento que apostamos, cada vez mais, na segurança e na qualidade da formação, dotando os Operadores de competências técnicas e práticas que lhes permitam desenvolver em segurança o seu trabalho.
Manuel Casas Novas e Vítor Barbosa, ATEC Academia de Formação
[1] Fonte:http://osha.eu.int